sexta-feira, 28 de novembro de 2014

ACAMPAMENTO ...

Enfim o distintivo do acampamento pronto!
Precisamos que seja confirmado até dia 03/12(quarta-feira)quem irá no acampamento.Além disso precisamos do número do Rg dos pais e familiares para repassar para o pessoal do ônibus.
Não percam o prazo de confirmação até dia 03/12.





sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Bolhas nos Pés

Primeiros Socorros para Bolhas nos Pés

Quando se está viajando ou acampando, o cuidado com os pés deve ser redobrado, já que dependemos deles para nosso deslocamento para as aventuras em geral. Uma situação de bolhas nos pés pode acontecer por diversos motivos e, quanto antes o problema for identificado, mais fácil ser tratado. Veja nesse artigo como evitar as bolhas e o que fazer em cada tipo de situação.

Bolhas são ferimentos que se formam na pele quando ela sofre algum tipo de atrito que provoque um descolamento entre a epiderme e a derme.
A bolha inicia com o simples descolamento da pele e pode evoluir para uma bolha com a formação de líquidos na sua parte interna, ou ainda para uma situação com sangramento. Nesse artigo, primeiramente vamos dar dicas para evitar a formação das bolhas e, caso isso não seja possível, na sequência estão dicas de primeiros socorros para saber o que fazer dependendo da gravidade da situação da bolha.

Como prevenir bolhas nos pés

Existem dois fatores que são os principais causadores de bolhas: o atrito e o suor. Você pode ter uma bolha simplesmente porque a costura da meia ficou em cima do dedinho, ou porque entrou um pouco de areia no calçado. Mas se a pele estiver úmida, a tendência é que a bolha se forme mais facilmente.
Evite o atrito
O atrito acontece comumente em áreas onde há um osso saliente ou nos dedos. É preciso evitar o atrito entre os próprios dedos, ou entre a meia e o pé, ou o causado por um ponto de contato apertado do calçado. Confere abaixo as dicas para colocar em prática:
- Use mais de uma meia, uma delas bem grudada ao pé: dessa forma, o atrito que ocorreria entre a meia e o pé será apenas entre as meias.
- Use meias para trekking, acolchoadas nas partes de maior atrito do pé.
- Use meias de tamanho adequado ao seu pé, jamais meias grandes demais.
- Nunca realize uma atividade com um calçado novo. O ideal é usá-lo várias vezes antes de levar para uma situação de trilha.
- Use vaselina ou Vick Vaporub entre os dedos ou em locais que você percebe que são mais sensíveis à formação de bolhas. Esses produtos “escorregam” e diminuem o atrito da meia contra a pele e entre os dedos; uma alternativa eficiente.
- Use micropore nos dedos do pé ou em outro local que você identifique ser mais sensível para formação de bolhas. Para situações mais extremas enrole os dedos do pé um a um, fazendo uma camada protetora da pele em cada dedo.
Evite o suor
Quando realizamos caminhadas ou atividades físicas no calor, o pé sua. Esse suor acaba molhando a pele e mantendo o pé úmido. Essa umidade, por tempo prolongado, acaba “amolecendo” a pele e deixando ela mais sensível ao atrito. Para evitar:
- Use meias que facilitem a evaporação do suor; há marcas que desenvolvem tecnologias para isso.
– Use desodorante para os pés (talco ou spray), isso diminui a umidade que favorece a formação de bolhas.
- Use calçados respiráveis, que permitam que seu suor evapore.
A principal dica: saiba como agir para evitar a formação da bolha, mas se isso não for possível, pare ao menor sintoma de desconforto, tire os sapatos, identifique o que está ocasionando a ferida e trate do problema. Quanto antes for identificada a formação da bolha, mais fácil evitar que ela atrapalhe sua aventura.

Tratamento para bolhas

Bolha em estado inicial
O melhor a fazer é colocar um algodão, uma gaze ou até mesmo um band-aid ou micropore para poder isolar a área machucada. Nesse estado inicial, a coisa mais importante é eliminar o atrito que estava causando a bolha, impedindo que ela se transforme em uma bolha com líquido.
Bolha com líquido
Quando a bolha evolui para um estado mais avançado, ela começa a se encher com um líquido transparente. Os médicos especialistas orientam não furar ou estourar a bolha se a mesma não estiver realmente incomodando e você puder manter a área afetada em repouso.
No entanto, se ela estiver incomodando muito, você pode drenar o líquido que está dentro da pele. Faça isso com cuidado, não “estoure” ela, apenas faça um furinho, com uma agulha, e ajude o líquido a sair.
Jamais remova a pele “solta” que está cobrindo a bolha, ela é um curativo natural que ajudará a manter protegida a pele interna machucada.
Ao furar a bolha, se o material utilizado não estiver limpo, isso pode acabar ocasionando uma infecção, por isso só faça isso se tiver material devidamente esterilizado.
Após drenar a bolha, faça um curativo sobre ela e certifique-se de que não haverá mais atrito no local.
Obs: Há quem aconselhe furar a pele com a agulha passando uma linha entre a pele interna e externa, mas esse procedimento aumenta as chances de infecção. Jamais faça isso se não tiver como desinfetar a agulha e a linha.
Bolha com sangue
A bolha de sangue acontece quando a lesão formada pelo atrito chega aos vasos sanguíneos superficiais, sem rompimento da epiderme. São, normalmente, formadas por uma pressão forte sobre a pele.
Assim que você identificar que está com uma bolha que já possui sangue na sua parte interna, a prioridade é fazer um furinho com uma agulha, sem romper a pele, para que o sangue saia de dentro da bolha. Para fazer isso, use o mesmo procedimento que citamos acima (nas bolhas com líquidos). Faça esse procedimento assim que perceber o sangue – quanto mais cedo, menor a chance de o sangue coagular entre as peles.
Caso aconteça de o sangue coagular, daí você já estará em uma situação mais complicada. Nesse caso, você precisará tirar a pele que está cobrindo a bolha e o coágulo e, ao fazer isso, toda a área machucada onde estava a bolha ficará exposta. Você terá que limpar a região e fazer um curativo com gaze para evitar o atrito na região e, principalmente, a entrada de bactérias, protegendo assim de uma possível infecção.
Evite ao máximo chegar a essa situação, pois um machucado assim, dependendo da região do pé, pode ser muito dolorido e dificulta o deslocamento.

Vale ressaltar
As bolhas só devem ser drenadas se o aventureiro estiver com grande desconforto na região da bolha.
É de suma importância manter sempre limpa a área da bolha para evitar que haja crescimento de bactérias que podem causar alguma infecção.
Se a situação da bolha ficar muito grave, ou ao mínimo sinal de infecção na região, procure imediatamente um médico ou hospital.
Tenha em mente que uma bolha infeccionada, principalmente na região dos pés, pode rapidamente acabar com qualquer acampamento ou aventura. São seus pés que levam você para os acampamentos, viagens e aventuras, portanto trate-os sempre com cuidado especial.

Fraturas

Primeiros Socorros para Fraturas

Estar longe de um centro urbano quando ocorrem acidentes pode ser um problema grande, principalmente se houver a impossibilidade de deslocamento da vítima. Confere as dicas abaixo para saber como agir em casos de fraturas.

Quando saímos para acampar ou realizar alguma outra atividade de aventura, frenquentemente caminhamos por trilhas, rochas ou terrenos irregulares, molhados e escorregadios, e a possibilidade de quedas e fraturas é grande. Nesses casos, é importante saber avaliar o problema e imobilizar o local da fratura de forma adequada para que a situação não se agrave a ponto de se tornar uma lesão permanente.

 O que são as fraturas

Uma fratura é uma situação em que há perda da continuidade óssea, geralmente com separação de um osso em dois ou mais fragmentos. A gravidade varia bastante; alguns traumas se resolvem com facilidade sem precisar de intervenção medica, enquanto para outros casos a gravidade da lesão faz a intervenção ser essencial.

Tipos de fraturas

Existem diversos tipos de fraturas, mas na prática, para quem vai prestar os primeiros socorros, o que vale saber são esses 2 tipos:
Fechadas –  Quando, apesar do choque, deixam a pele intacta. Nesse caso, não é possível ter certeza se realmente houve uma fratura.
Abertas (expostas) – Ocorre quando o osso quebra e se desloca, perfurando a pele.

Sintomas de fratura

– Incapacidade total ou parcial de movimentos
- Dor ao tentar movimentar o local
- Inchaço na área atingida
- Posição anormal do membro atingido (fora da posição anatômica)


O que fazer em caso de fratura

Inicialmente cabe aqui dizer que, para uma fratura não virar uma lesão mais séria ou permanente, dependerá muito de como a vítima irá se comportar até chegar a um atendimento médico.
– Faça um primeiro diagnóstico visual observando o que aconteceu. Se a pessoa sofreu uma fratura, ela sentirá muita dor no local ao apalpá-lo ou movimentá-lo, ou nem conseguirá fazê-lo.
– Evite movimentar o local afetado.
– Imobilize o local – o lugar fraturado não pode ser mexido. Precisa ser imobilizado na forma que estiver.
- Se o membro quebrado for braço ou perna, é preciso fazer a imobilização de todo o membro. Para isso, imobilize as articulações acima e abaixo do membro ou região lesionados (antes e depois da fratura), procurando movimentar o mínimo possível a área afetada, com talas apropriadas ou, não havendo-as, pode-se improvisar com pedaços de papelão dobrados, pedaços de madeira etc.
– Em caso de fraturas fechadas, se puder, aplique compressas com gelo na área afetada. Isso causará diminuição da dor e ajudará na recuperação da lesão no caso de entorses.
Em caso de fratura aberta (exposta):
– Imobilize o membro como ele está. Não tente colocar o osso no lugar!
- Em fraturas expostas haverá a perda de sangue. Por isso, além de fazer a imobilização, é preciso também controlar a hemorragia (se for necessário faça um torniquete, jamais sobre a fratura).
- Afaste as roupas. Se precisar, rasgue ou corte para evitar de mexer na área lesionada.
– Após controlar a hemorragia, cubra o local de sangramento com um pano limpo ou gaze (que deve estar no seu kit de primeiros socorros), para evitar o contato com o ambiente.
Independentemente do tipo ou gravidade da lesão, TODAS as fraturas precisam de atendimento médico. Esse é um problema que não pode ser “resolvido” no acampamento, ou seja, o que damos são apenas dicas para os primeiros socorros antes do encaminhamento imediato para o hospital ou outro local com atendimento médico especializado.
Somente após chegar ao hospital e realizar os exames radiográficos, combinados com a avaliação médica, será possível saber o tipo de lesão e a sua gravidade.

Dicas para acidentes em áreas remotas

Com possibilidade de deslocamento
Se houve a fratura, mas ela aconteceu em uma parte do corpo que não impede que você se desloque, como braços, mãos, nesse caso:
– Faça a imobilização do local seguindo as instruções acima e procure atendimento médico.
Com possibilidade de deslocamento, mediante a ajuda de terceiros
Se houve uma fratura em algum membro como pernas ou pé, e a vítima não consegue se deslocar sozinha mas sim com a ajuda de amigos, nesse caso:
– Primeiramente faça a imobilização do local, seguindo as instruções acima. Se a vítima precisar ser carregada no colo ou em alguma maca, é extremamente importante que a imobilização do membro fraturado seja feita com muito cuidado e eficiência. Dependendo da forma como a pessoa for carregada, poder vir a piorar a lesão. Se ficar em dúvida sobre a possibilidade de deslocar a vítima sem movimentar o membro lesionado, avalie a possibilidade de chamar o resgate até o local onde ocorreu a fratura.
Sem possibilidade de deslocamento
Dependendo do tipo de fratura, se ela for nas pernas, pés, tronco ou outro local que impeça a vítima de caminhar e não seja possível fazer o deslocamento dela até algum local com estrutura, nesse caso:
- Faça a imobilização do local fraturado e chame o resgate imediatamente!
Dependendo da hora e do local em que você estiver, se houver o risco de escurecer antes de o resgate chegar, procure providenciar agasalho, fonte de luz e água antes de começar a anoitecer. Ao escurecer, fique junto à vítima e aguarde o resgate.

IMPORTANTE!
Vale ressaltar a importância de SEMPRE, em qualquer trilha ou aventura, carregar com você um kit de primeiros socorroságualanternafaca e um agasalho. Isso é valido independentemente do local em que você for. Nunca saia para o meio do mato ou qualquer área isolada sem esses itens.
Um telefone celular, com bateria, também deve estar na lista de itens indispensáveis, apesar de que, dependendo de onde você estiver, ele poderá não funcionar. 
Além disso, é importante você também avisar as pessoas mais próximas para onde você está indo, com quem e o tempo que permanecerá.

Queimaduras

Primeiros Socorros para Queimaduras

Aumenta a cada dia o número de pessoas que procura realizar atividades ao ar livre. Nosso objetivo aqui é, de forma simples, demonstrar como proceder em situações de emergência em uma aventura. Nesse artigo abordamos sobre procedimentos para lidar com diferentes intensidades de queimaduras.

Em qualquer atividade ao ar livre, sempre estamos expostos a alguns tipos de queimaduras. Seja as mais simples, causadas pelo excesso de sol ou ainda por um fogareiro, panela quente, água fervente, seja por uma fogueira e uma roda de amigos… Mas todo cuidado é pouco!
Há três classe de queimaduras. Confere abaixo os tipos de queimaduras e o que fazer com cada uma delas:

Graus de queimaduras

Queimadura de Primeiro Grau

São queimaduras leves, que atingem apenas a camada superficial da pele, a epiderme. Ela deixa a região da pele atingida vermelha e dolorida. Um dos exemplos de queimaduras de primeiro grau é a exposição direta ao sol sem protetor solar, mas ela também pode ser causada por derramar uma água fervente, encostar em uma panela quente, entre outros descuidos. Nestes casos o atendimento não requer grandes preocupações. Para aliviar a dor, aplique água gelada. Existem algumas pomadas para queimaduras que fazem uma anestesia superficial no local queimado, mas jamais aplique sem ter certeza de que não haverá algum tipo de reação alérgica.

Queimadura de Segundo Grau

Trata-se de uma queimadura que passa das primeiras camadas da pele. É muito dolorida e com bolhas. Neste caso o local da queimadura deve ser colocado debaixo de água corrente limpa (de preferência gelada), permanecendo por pelo menos 5 minutos para diminuição da dor. Não coloque pasta de dente, nem clara de ovo, ou qualquer outra coisa – essas “receitas” são mitos. Só aplique qualquer pomada indicada para queimaduras se você tem certeza de que ela não irá causar qualquer reação alérgica.
Jamais estoure as bolhas. Mas, caso isso aconteça, não corte a pele que ficou “solta”. Apenas lave a queimadura com soro fisiológico e mantenha o local protegido com um plástico ou um pano limpo e úmido (evite algodão) para impedir a entrada de bactérias. Se a queimadura for de grande extensão, é importante acalmar a vítima e deslocá-la para o  atendimento médico especializado.

Queimadura de Terceiro Grau

É o tipo de queimadura mais complicado, já que é mais profunda. Caracteriza-se pelo derretimento da pele, atingindo sistemas sensoriais e pode chegar aos ossos. Sobre a queimadura não deve ser colocado nada além de água corrente (limpa) ou soro fisiológico. O local atingido deve ser coberto com um plástico ou pano limpo e úmido (evite algodão) para isolar a área e impedir a entrada de bactérias, evitando problemas de infecção. Nesses casos, mesmo se a lesão for pequena, a pessoa deve ser deslocada para um atendimento adequado. Dependendo do tamanho da queimadura, a vítima pode entrar em estado de choque.

Insolação

Primeiros Socorros para Insolação

Campistas estão a maior parte do tempo ao ar livre e muitas vezes à mercê das condições climáticas, como a exposição ao sol, que nem sempre é aliado das aventuras. Sol demais pode trazer prejuízos ao corpo, e um desses problemas é a insolação. Nesse artigo, explicamos um pouco o que é isso, como prevenir, identificar e o que fazer quando o sol se torna um inimigo.

A insolação acontece quando a temperatura corporal aumenta muito e rapidamente, de modo que apenas o suor não dá conta de fazer o resfriamento do corpo.

O que causa a insolação

Ela é causada pela exposição direta e prolongada ao sol forte ou pela grande intensidade de calor. Ela normalmente inicia com um quadro de desidratação  (pela perda de suor, sem a reposição adequada dos líquidos) e vai evoluindo para níveis mais sérios.
A insolação pode ser apenas leve ou chegar a situações graves, ocasionando inclusive perda de consciência e morte, se não houver intervenção médica para baixar a temperatura corporal e reidratar a vítima. Quanto antes identificado o problema, mais fácil o tratamento.

Sintomas de insolação

A vítima de insolação começa sentindo dor de cabeça, tontura, náusea e a pele quente. Logo depois, se não for tratada, o pulso acelera, a visão fica embaçada, a respiração vai ficando mais difícil e a pessoa geralmente desmaia. Em estado avançado de insolação, pode acontecer a perda de consciência, que pode levar à má oxigenação do cérebro, fazendo com que a pessoa possa ter lesões cerebrais irreversíveis. Confira abaixo os sintomas:
- Cefaleia (dor de cabeça)- Tonteira- Náusea- Pele quente e seca (não há suor)- Pulso rápido- Temperatura elevada- Distúrbios visuais- Respiração rápida e difícil

Como prevenir insolação

– Evite se expor ao sol no horário das 12h às 15h, que é considerado o período de sol mais forte.
– Use filtro solar e reaplique de tempos em tempos de acordo com a indicação na embalagem. Isso evita as queimaduras.
– Hidrate-se com água, isotônicos ou sucos. Um dos líquidos mais recomendados para hidratação é a água de coco, mas cuidado para não ingerir em excesso já que ela é um laxante natural.
– Proteja a cabeça do sol usando bonés, bandanas e chapéus. Uma dica legal é manter a cabeça molhada. Se estiver com uma bandana, molhe ela, pois isso mantém mais baixa a temperatura da cabeça e dá uma sensação agradável.
– Use roupas leves e soltas, nada que fique apertado no corpo, dificultando a transpiração e aumentando a sensação de calor.
– Use óculos escuros para proteger a visão.
– Use guarda sol ou barracas de algodão ou lona, já que elas oferecem mais proteção que as de nylon.

Tratamento da insolação

Caso seja identificado os sintomas de insolação, atenção às dicas abaixo. São todas bastante simples e fáceis de serem executadas:
- Mantenha a pessoa em repouso e recostada, com a cabeça sempre elevada.
- Leve o aventureiro para um lugar fresco, na sombra,  passe água pelo corpo e aplique compressas com água fresca na testa e principalmente nas articulações (pescoço, nas axilas e nas virilhas), para ajudar a baixar a temperatura.
- Deixe a pessoa o mais arejada possível, removendo parte da sua roupa (se possível, deixar somente com roupas intimas).
- Faça a pessoa beber água, não muito gelada, nem em grandes quantidades. O ideal é uma água fresca, que deve ser bebida aos pouquinhos. Podem ser ingeridos outros líquidos também, como sucos ou isotônicos, mas nada de bebidas alcóolicas.
- Se a temperatura corporal não diminuir e a pessoa não melhorar, procure ajuda médica com urgência. Não deixe que a situação se agrave ao ponto de ocorrer perda de consciência. Em casos graves, a pessoa pode sofrer até mesmo uma Parada Cardiorrespiratória (PCR), que poderá levar à morte.
Vale ressaltar que, mesmo que a vítima se sinta melhor, ela não poderá ficar novamente exposta ao sol pelo menos até o dia seguinte.

Picadas de Aranhas Peçonhentas

Primeiros Socorros para Picadas de Aranhas Peçonhentas

Em nossas aventuras e acampamentos, o contato com os animais é algo bastante comum e inevitável. Alguns animais são bonitinhos, uns interessantes, outros asquerosos. Mas nem todos bonitinhos são inofensivos e nem todos asqueroso são agressivos  a natureza faz o possível para enganar nossos olhos, por isso nunca devemos confiar na aparência deles. Neste artigo, iremos mostrar qual a melhor conduta para prevenir e ajudar em um atendimento no caso de picadas de aranhas.

Antes de falar das aranhas, é importante explicar o que são animais peçonhentos: são aqueles que possuem estruturas como ferrões ou dentes para injetar a peçonha, que é uma toxina (ou uma mistura de várias toxinas) de origem exclusivamente animal cujo objetivo é alterar o metabolismo de outro ser vivo, por defesa ou alimentação.
Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, animais peçonhentos e venenosos não são a mesma coisa. Um animal venenoso apenas produz uma substância tóxica (veneno), mas não tem como injetá-la dentro de outro animal. Nesses casos, o envenenamento acontece de forma passiva, geralmente por toque, pressão ou ingestão do animal venenoso.
Já o animal peçonhento, como já falamos, é capaz de injetar a substância em outro ser vivo. Alguns exemplos de animais peçonhentos são aranhasescorpiões, cobras e abelhas. Nesse artigo, abordaremos especificamente as aranhas.

Tipos de aranhas peçonhentas

Acidentes causados por aranhas são normais. Nem todas as aranhas são peçonhentas e a gravidade da picada está diretamente associada à intensidade e complexidade da sua peçonha. Veja abaixo os 3 gêneros de aranhas peçonhentas encontradas no Brasil:

Aranha-marrom (Loxosceles)

Não é agressiva  pica normalmente quando é apertada contra o corpo. É uma aranha que tem tendências noturnas, esconde-se normalmente em caliças, embaixo de madeiras, cascas de árvores, em fendas nas pedras, embaixo de folhas mortas.
São aranhas pequenas, que podem ter de 1 a 4 cm. A maior parte dos acidentes acontece na Região Sul, onde esse gênero de aranha é facilmente encontrado.
Sintomas:A picada é pouco dolorosa. Uma lesão endurecida e escura costuma surgir várias horas após o acidente, podendo evoluir para ferida com necrose de difícil cicatrização. Pode haver mal-estar, cefaléia e febre. Casos graves podem evoluir para um quadro de insuficiência renal aguda. Raramente pode levar à morte.
Aranha Marrom

Armadeira (Phoneutria)

Todas as espécies de aranhas desse gênero são bastante agressivas. Elas se caracterizam por, quando ameaçadas, assumirem posição de defesa erguendo os dois pares de pernas dianteiras e apoiando-se nos dois pares de pernas traseiras, abrindo os ferrões e eriçando os espinhos. São excelentes caçadoras, com atividade noturna. Abrigam-se sob troncos, palmeiras, bromélias e entre folhas de bananeira.
Podem chegar a 15 cm de envergadura e saltar até 40 cm de distância.
Esse gênero representa 42% dos acidentes com aranhas no Brasil. A maior parte dos acidentes desse gênero acontece nas regiões Sudeste e Sul.
Sintomas: A aranha-armadeira causa dor imediata e intensa, mas felizmente 91% dos acidentes com esse tipo de aranha são considerados leves. Casos mais graves podem apresentar agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão sanguínea. Muito raramente pode levar à morte.
Armadeira

Viúva-negra (Latrodectus)

Não é um gênero agressivo e geralmente só pica quando é apertada contra o corpo ou se sentem ameaçadas. Possui atividades noturnas, faz teia irregular em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas de chuva, sob pedras.
No Brasil, acidentes com esse gênero ocorrem principalmente na Região Nordeste. É uma aranha pequena, possui de 2 a 3 cm. As cores e formas no dorso variam em cada espécie.
Sintomas:Após picada, a vítima sente pouca dor local, mas a dor evolui para sensação de queimadura 15 a 60 minutos após a picada. Sua peçonha ataca o sistema nervoso provocando dores musculares muito intensas, suor, náuseas, dor de cabeça, dores abdominais e alterações cardiorrespiratórias. O quadro pode se tornar bastante grave em crianças ou pessoas com maior sensibilidade às toxinas.
Viúva-negra

Aranhas peçonhentas não-perigosas

Além dos exemplos citados acima, existem ainda as Aranhas-de-Grama (Lycosa) e Caranguejeirasque, embora peçonhentas, não apresentam problemas para a saúde. Sua picada geralmente é apenas dolorida, mas sem maiores implicações.

Como prevenir

– Sempre utilize calçados fechados nas atividades de trilhas.
- Evite deixar o calçado dormir do lado de fora da barraca e, se isso for inevitável, não vista ele novamente antes de verificar se há algum animal lá dentro. Bata o calçado no chão de cabeça para baixo para que algum animal que esteja lá dentro saia.
Obs: Calçados são sempre um ótimo esconderijo para aranhas, escorpiões e outros animais. Grande parte dos acidentes com esses animais acontece ao colocar o tênis ou bota onde o animal está alojado.
– Lembre sempre de olhar onde for segurar ou colocar a mão.
– Tenha cuidado ao colocar e tirar os espeques da barraca – folhas secas ao redor deles podem esconder animais.
– Nunca, jamais, deixe a porta da barraca aberta.
– Procure limpar o local onde irá montar a sua barraca, tirando gravetos, folhas mortas, cascas de árvores. As aranhas e outros animais peçonhentos costumam ficar escondidos nesses locais durante o dia para à noite sair para explorar.

Primeiros socorros

– Lave o local da picada com água e sabão.
– Mantenha a vítima calma para que o veneno não espalhe mais rápido. Deite-a deixando ela o mais confortável possível.
– Tente capturar o animal, tirar uma foto ou memorizar como ele era. Desta forma, quando estiver no hospital, será possível identificar o antiofídico mais correto.
- Mantenha, se possível, a região picada erguida.
– Cubra o local com um pano limpo.
– No caso de acidentes causados por escorpiões, aranha-armadeira e viúva-negra, recomenda-se fazer compressas mornas no local e analgésicos para aliviar a dor.
O que NÃO fazer  em um atendimento de Primeiros Socorros.
– Não fazer sucção do veneno, porque isso é mito.
– Não dar nada alcoólico, querosene ou fumo para o acidentado.
– Não fazer torniquete, impedindo a circulação do sangue: isso pode causar gangrena ou necrose local.
– Não cortar ou queimar o local da ferida.
– Não fazer aplicação de folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, sob o risco de infecção.

Procure um hospital

O mais importante, em qualquer situação de picada de animais peçonhentos, é deslocar a vítima o mais rápido possível para o hospital, especialmente se for uma criança. Assim ela poderá receber o atendimento especifico para cada tipo de veneno.
Por mais que a picada não esteja doendo muito e não haja muitos sintomas, cada corpo reage de uma maneira diferente ao veneno e qualquer um dos animais citados acima pode desenvolver um quadro mais grave, que precisa ser tratado com um atendimento médico especializado.

Picadas de Cobras Peçonhentas

Primeiros Socorros para Picadas de Cobras Peçonhentas

Quando estamos em meio à natureza, em local selvagem (ou nem tão selvagem assim), dependendo do lugar, da época e do calor, é normal nos depararmos com alguns animais cruzando nosso caminho, especialmente cobras. Muitas delas são venenosas, e uma picada pode até mesmo ser fatal. Veja nesse artigo como identificar os tipos de cobras e como agir em cada caso.

Antes de falar das cobras, é importante explicar o que são animais peçonhentos: são aqueles que possuem estruturas como ferrões ou dentes para injetar a peçonha, que é uma toxina (ou uma mistura de várias toxinas) de origem exclusivamente animal cujo objetivo é alterar o metabolismo de outro ser vivo, por motivo de defesa ou alimentação.
Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, animais peçonhentos e venenosos não são a mesma coisa. Um animal venenoso apenas produz uma substância tóxica (veneno), mas não tem como injetá-la dentro de outro animal. Nesses casos, o envenenamento acontece de forma passiva, geralmente por toque, pressão ou ingestão do animal venenoso.
Já o animal peçonhento, como já falamos, é capaz de injetar a substância em outro ser vivo. Alguns exemplos de animais peçonhentos são aranhas, escorpiões, abelhas e cobras. Nesse artigo, abordaremos especificamente as cobras.

Como Identificar Se a Cobra é Peçonhenta

No caso de acidentes com cobra, a coisa mais importante é saber identificar se ela era peçonhenta ou não. Existem muitas formas de identificar: pelo formato da cabeça, estreitameto da cauda, etc. Mas existe uma dica que é a mais fácil e vale para todas as cobras peçonhentas, exceto a Cobra Coral Verdadeira. É simples assim:
Se a cobra for peçonhenta, ela terá um orifício (fosseta loreal)entre os olhos e a narina.

Se a cobra não tiver o orifício e não for uma Cobra Coral, a picada não trará qualquer risco de vida.
No entanto, se você identificar que a cobra é venenosa, será preciso procurar ajuda médica com urgência. Nesse caso, é importante tentar identificar qual o gênero de cobra peçonhenta (Jararaca, Cascavel, Surucucu ou Coral Verdadeira). Se você não souber identificar, o ideal seria capturar e levar ela junto ao hospital (viva ou morta). Normalmente a captura é arriscada, por isso uma alternativa é fotografar ou filmar o animal (pode ser com o celular mesmo!). Isso já irá ajudar na identificação do gênero para que a vítima receba o soro mais apropriado.

Tipos de Cobras Peçonhentas

Como comentamos antes, há quatro tipos de cobras peçonhentas que podem causar acidentes no Brasil:
Jararacas
São cobras do gênero Bothrops. Existem diversas espécies de Jararacas e elas são facilmente encontradas por todo o país. Todas são peçonhentas e as espécies mais causadoras de acidentes no Brasil. Se não houver aplicação de soro, a taxa de mortalidade é estimada em 7%. Mas, com uso de soro antiofídico e tratamentos, a taxa pode ser reduzida para 0,5% a 3%. Os acidentes causados por cobras do gênero Bothrops são chamados Acidentes Botrópico.
Identificação: Como existem muitas espécies de Jararacas, a variação nos padrões de escamas e no tamanho pode variar muito (de 70 cm a 2 m de comprimento). Geralmente o corpo tem tonalidades de bege, com umas marcações em forma de “X” em preto ou marrom, mas há variações nos padrões geométricos e cores.
Sintomas: A picada causa dor imediata e inchaço no local, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orifícios da picada. Pode ocorrer ainda sangramento bocal (nas gengivas) e, se a busca apelo atendimento não for rápida, a vitima pode expelir sangue também pela urina. Pode levar a complicações como insuficiência renal e necrose no local da picada.

Cascavel
São cobras do gênero Crotalus e Sistrurus. Popularmente conhecidas por terem um “chocalho” no final da cauda. São encontradas em toda América, preferencialmente em regiões secas, áreas pedregosas e arenosas. A cascavel só ataca se sentir-se ameaçada, primeiramente ela usa o chocalho para afastar os predadores. Os acidentes causados por cobras do gênero Crotalus são chamados Acidente Crotálico.
Identificação: As cascavéis costumam ser fáceis de serem identificadas pois possuem um chocalho característico na cauda, que é agitado quando se sentem ameaçadas. Os guizos produzem um som característico de chocalho.
Sintomas: sensação de formigamento no local da picada, dificuldade de manter os olhos abertos, visão turva ou dupla, dores musculares seguido de contrações musculares generalizadas e urina escura.

Surucucu
São cobras do gênero Lachesis, as maiores cobras da América Latina, podendo chegar a 4m de comprimento. São encontradas principalmente na Amazônia e algumas áreas de Mata Atlântica (da Paraíba até o Norte do Rio de Janeiro). Os acidentes causados por cobras do gênero Lachesis são chamados Acidente Laquético, no Brasil eles são raros já que essas cobras costumam habitar zonas com não muito povoadas.
Identificação:  As surucucus tem o corpo amarelado/alaranjado com desenhos escuros (ou pretos) bem marcados. É possível identificar também pela cauda que possui escamas eriçadas. Diferente da Cascavel, ela não  tem guizos, mas é capaz de emitir sons, esfregando contra a folhagem um pequeno osso que possui na extremidade da cauda. Ela possui uma das maiores presas de inoculação.
Sintomas: Os sintomas são iguais aos do Acidente Botrópico (da Jararaca), descrito acima com dor, inchaço no local, manchas arroxeadas, sangramento pelos orifícios da picada, sangramentos bocal (nas gengivas) e também pela urina. Mas além do que já havia sido descrito, esse tipo de peçonha pode causar ainda vômitos, diarréia e queda da pressão arterial, podendo levar à morte se o atendimento correto não for feito imediatamente.

Cobra Coral Verdadeira
É uma espécie de cobra extremamente venenosa, suas cores características facilitam a identificação. São cobras de hábitos noturnos, que costumam se abrigar sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Não são agressivas, só atacam quando se sentem ameaçadas. Seu veneno é forte e de ação rápida. Os acidentes causados pela Cobra Coral Verdadeira são chamados Acidente Elapídico. 
Identificação: A Coral apresenta coloração em anéis vermelhos, pretos e brancos (ou amarelos), em sua circunferência. Para identificar se a cobra é verdadeira ou falsa, tem uma regra fácil: Na coral verdadeira os anéis vermelhos não encostam nos anéis de cor preta, sempre há um anel branco ou amarelo entre as duas cores. Já na falsa o vermelho encosta no preto. Veja nas imagens abaixo:
Cobra Coral Verdadeira

À esquerda Coral Verdadeira, à direita a Coral Falsa
Vale comentar que a cobra coral falsa não é peçonhenta, na verdade ela nem mesmo pertence ao mesmo gênero ou família.
Sintomas: no local da picada não se observa alteração importante, os sintomas do envenenamento caracterizam-se por visão turva ou dupla e aspecto sonolento.

Como prevenir

É importante comentar que a maioria das cobras só ataca um ser humano quando se sente ameaçada. Por isso ao avistar uma cobra, desvie do caminho dela, deixando ela seguir o caminho dela e você o seu.
Além disso vale também seguir as dicas abaixo:
– Use sempre calçado fechado e calças compridas. Se estiver em um local que é conhecido por ter cobras use botas de cano alto ou perneiras para proteger a parte de baixo das pernas.
- Preste atenção onde coloca as mãos quando for se apoiar para pegar impulso ou até mesmo na hora do descanso.
- Não mexa com as cobras, mesmo que estejam ou pareçam mortas. Ainda assim, elas podem injetar veneno.
- Se você deixar seus sapatos fora da barraca, antes de calçá-lo, certifique-se de que não tem alguma intrusa se abrigando dentro dele. Cobras gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e úmidos, exatamente como sua bota ficará após uma caminhada. 
– Procure limpar o local onde irá montar a sua barraca, tirando gravetos, folhas mortas, cascas de árvores. As cobras e outros animais peçonhentos costumam ficar escondidos nesses locais durante o dia para à noite sair para explorar. Faça essa limpeza com cuidado, pode ter uma cobra escondida embaixo de pedras e troncos.
– Nunca, jamais deixe a porta da barraca aberta especialmente de noite quando a maior parte das cobras está ativa.

Primeiros socorros

O que fazer em caso de picadas por Cobra Venenosa:
– Lavar o local da picada apenas com água, sabão ou soro fisiológico.
– Manter o paciente deitado e o mais calmo possível, porque agitado o sangue se espalha mais rápido e o veneno também.
– Manter o paciente hidratado, dando pequenos goles de água a ele.
- Procurar o serviço médico o mais rápido possível, como sempre frisamos somente médicos podem prescrever um medicamento a uma vitima de qualquer acidente.
– Se possível, levar o animal para identificação (morto ou vivo). Se não for possível filme ou fotografe. A identificação do animal, por uma pessoa capacitada faz com que o soro correto seja aplicado já que cada cobra precisa de um soro diferente.
O que NÃO fazer  em um atendimento de Primeiros Socorros.
– Não faça sucção do veneno, porque isso é mito.
- Não faça torniquete ou garrote.
– Não corte o local da picada.
– Não coloquer folhas, pó de café ou outros contaminantes na ferida.
– Não ofereça bebidas alcoólicas à vítima.
– Não dê qualquer medicamento à vítima.

Procure um hospital!

O mais importante, em qualquer situação de picada de animais peçonhentos, é deslocar a vítima o mais rápido possível para o hospital, para que ela possa receber o soro adequado de acordo com o tipo de peçonha da cobra.

Como Chegar?